Super-ricos recuperam perdas econômicas provocadas pela pandemia, diz Oxfam
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Os super-ricos já recuperam as perdas econômicas provocadas pela pandemia de coronavírus, de acordo com o estudo "O Vírus da Desigualdade" elaborado pela ONG Oxfam. No portal G1 | Economia
Homem usa máscara de proteção na frente da bolsa de valores de Londres | Foto: Toby Melville | Reuters
O levantamento completo vai ser divulgado, nesta segunda-feira (25), como contraponto ao encontro de Davos (Suíça) do FSE (Fórum Econômico Mundial).
De acordo com a Oxfam, a lista da Forbes em 18 de março — pouco depois de a OMS declarar a pandemia de coronavírus — incluía 2.095 bilionários com uma riqueza total de US$ 8,03 trilhões.
Em 31 de dezembro, eram 2.357 bilionários com patrimônio de US$ 11,95 trilhões.
"Portanto, a riqueza de todos os bilionários presentes na lista da Forbes em dezembro aumentou em US$ 3,91 trilhões em relação a todos os bilionários que estavam na lista de março", apontou a Oxfam.
Num recorte mais detalhado, das 10 pessoas mais ricas do mundo, a ONG observou crescimento do patrimônio durante a pandemia.
A Oxfam estima que a desigualdade deve piorar em quase todos os países por causa da pandemia do coronavírus, o que, segundo a entidade, "é algo que acontece pela primeira vez desde que as desigualdades começaram a ser medidas há mais de 100 anos".
"A pandemia escancarou as desigualdades — no Brasil e no mundo. É revoltante ver um pequeno grupo de privilegiados acumular tanto em meio a uma das piores crises globais já ocorridas na história”, afirma Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil.
O Banco Mundial estima que pandemia pode jogar 100 milhões de pessoas na extrema pobreza.