O Senado Federal promoveu, na sexta-feira (9), uma sessão solene em homenagem ao Dia dos Trabalhadores e das Trabalhadoras, celebrado em 1º de maio. A iniciativa foi proposta pelo senador Paulo Paim (PT-RS) e reuniu autoridades, lideranças sindicais e representantes de organismos internacionais, como a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A cerimônia contou com a presença do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, que criticou as iniciativas que buscam enfraquecer a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “É um absurdo estimular debates que visem desmontar a CLT, que é uma proteção essencial ao trabalhador brasileiro”, afirmou. O ministro também chamou atenção para a permanência de práticas como o trabalho análogo à escravidão e o trabalho infantil no país.

Durante seu discurso, Marinho destacou ações recentes do governo voltadas à proteção do trabalhador, como a liberação de R$ 12 bilhões do FGTS para contas bloqueadas e a concessão de mais de R$ 10 bilhões em crédito consignado por meio do programa Crédito do Trabalhador.

Parlamentares e representantes de centrais sindicais defenderam o fortalecimento da CLT e a redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais, sem corte de salários. Segundo os participantes, a medida pode contribuir para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e estimular a geração de empregos.

O senador Paulo Paim destacou os desafios do mundo do trabalho frente às transformações tecnológicas e às novas formas de contratação. Outros temas abordados na sessão incluíram a valorização do salário mínimo, a regulamentação do trabalho em plataformas digitais e o papel dos sindicatos na defesa dos direitos trabalhistas.

Representantes da OIT e das centrais sindicais reforçaram a necessidade de políticas públicas que incentivem a formalização do emprego e promovam melhores condições de trabalho em todo o país.

Link da sessão: https://www.youtube.com/live/zpeVQfapA6g?si=HOlpO1Js0_9uafuO