2019 foi o 1º ano de mandato do presidente Jair Bolsonaro. Foi eleito sob a premissa do que o “bolsonarismo” convencionou chamar de “nova política”. A grande mídia “comprou” a tese sem nenhuma dificuldade. Mas, de novo mesmo teve apenas a montagem do governo, em que Bolsonaro abriu mão do chamado presidencialismo de coalizão e inovou indicando seu ministério por fora dos partidos políticos representados no Congresso Nacional.

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O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes | Foto: Isac Nóbrega/PR

Os fatos e acontecimentos demonstram que não é preciso dizer que a inovação não deu certo, pois os resultados e a relação que o governo manteve com o Poder Legislativo ao longo do ano que passou expressam fidedignamente este entendimento.

Outro aspecto substantivo do governo Bolsonaro é que faz uma gestão ignorando completamente as demandas do povo e do País — emprego, salário, renda, direitos, infraestrutura e tudo o mais que é relevante e concreto para iniciar a superação da profunda crise brasileira. Em 2019, o governo atropelou direitos e deu de ombros para o País abraçando exclusivamente as demandas do mercado e do capital. Não fosse o Congresso a interferir e mediar sobre a agenda do governo no Legislativo, com certeza o quadro atual seria infinitamente mais caótico.

Entrevistas para Carta Capital
Sobre estes 2 temas — o governo e a política — concedi entrevista para a revista Carta Capital. A 1ª foi em julho, quando falei sobre a “nova política” empregada pelo governo. O tema e a entrevista estão atualíssimos, por isso rememoro.

Leia-as:
5 direitos dos trabalhadores que o governo Bolsonaro negou em 2019

Seis meses depois, o que sobrou da promessa de fazer ‘nova política’?

A 2ª foi em dezembro e a pauta do semanário foi o governo e os direitos dos trabalhadores, que, diga-se de passagem, vêm sendo subtraídos desde o governo Temer, cuja política “austericida” de Bolsonaro/Guedes aprofunda o caótico quadro brasileiro e tudo indica que esse quadro continuará neste ano.

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