Nas próximas eleições, o Senado Federal passará por uma renovação de dois terços de sua composição, com 54 cadeiras em disputa. Reconhecido por sua atuação estratégica e análises precisas no campo político-institucional, o DIAP fez um exercício de projeções com base nas pesquisas eleitorais divulgadas ao longo de 2025, identificando os partidos e nomes mais competitivos.

Nesse levantamento preliminar, o PL desponta como o partido com maior potencial de crescimento, enquanto o PT e governo adota uma estratégia de ampliar sua base de apoio e respaldar candidaturas de outras legendas, buscando conter o avanço da oposição na Casa. Segundo as estimativas, o PL pode expandir sua bancada de 14 para 20 senadores, um ganho de seis cadeiras, que indica a tendência de ser a principal força partidária no Senado.

O União Brasil também apresenta tendência positiva, podendo saltar de sete para dez cadeiras. O partido tende a ser a maior bancada na Câmara com a criação de uma federação com o PP para concorrer às eleições proporcionais. Já PT, partido do presidente da República, e o Republicanos, do governador de São Paulo, têm potencial para crescer em duas cadeiras cada, fortalecendo sua presença política. O PP deve registrar um avanço mais discreto, com possibilidade acréscimo de apenas uma cadeira.

Por outro lado, alguns partidos tendem a enfrentar perdas, conforme indicam as pesquisas eleitorais feitas no Estados. O PSD surge como o mais impactado, caindo de 13 para sete cadeiras — uma redução expressiva de seis assentos. O MDB e o Podemos podem perder três cadeiras cada, enquanto PSDB e PDT devem recuar uma cadeira. São esses partidos com mais senadores que encerram seus mandatos em 2027. PSB e Novo mantêm estabilidade, preservando o número atual de senadores.

De forma geral, as pesquisas e essas projeções preliminares apontam para uma maior concentração de cadeiras em partidos com maior competitividade nacional, como PL e PT, e para oscilações de siglas tradicionais, como MDB e PSD. Porém, esse cenário ainda pode ser profundamente alterado com a confirmação ou não de candidaturas à reeleição, a abertura da janela partidária e os arranjos partidários com a influência de governadores e o aumento das forças de partidos de centro nas eleições municipais de 2024, consideradas determinantes para definir o quadro final de renovação do Senado.

Cenário atual no Senado Federal

Partidos

Atual

(a)

2023-2031

(b)

2019-2027

(c)

Cenário 2027-2035

(d)

Potencial
(e = b+d)

Diferença

(f=d-a)

PL

14

8

6

12

20

+6

MDB

12

1

11

8

9

-3

PT

9

3

6

8

11

+2

União Brasil

7

5

1

5

10

+3

PP

7

3

4

5

8

+1

PSB

4

0

4

4

4

0

PSD

13

3

10

4

7

-6

Republicanos

4

3

1

3

6

+2

PSDB

3

0

3

2

2

-1

Novo

1

0

1

1

1

0

PDT

3

1

2

1

2

-1

Podemos

4

0

4

1

1

-3

Total

8

27

54

54

81

-

* considera pesquisas eleitorais neste ano de 2025 e avaliação do DIAP.

Fonte: Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP)

 

UF

RELAÇÃO DE CANDIDATOS AO SENADO FEDERAL

 NOMES COMPETITIVOS MENCIONADOS NAS PESQUISAS ELEITORAIS

(ATÉ AGOSTO 2025)

AC

Gladson Cameli (PP)

Mara Rocha (Republicanos)

 

AC

Jorge Viana (PT)

Márcio Bittar (MDB)

 

AL

Davi Davino Filho (Republicanos)

Arthur Lira (PP)

 

AL

Renan Calheiros (MDB)

Eudócia Caldas (PL)

 

AM

Eduardo Braga (MDB)

Wilson Lima (União Brasil)

 

AM

Alberto Neto (PL)

Plínio Valério (PSDB)

 

AP

Rayssa Furlan (Podemos)

Randolfe Rodrigues (PT)

 

AP

Lucas Barreto (PSD)

Waldez Góes (PDT)

 

BA

Rui Costa (PT)

João Roma (PL)

 

BA

Jaques Wagner (PT)

Angelo Coronel (PSD)

 

CE

Cid Gomes (PSB)

Eunício Oliveira (MDB)

 

CE

Capitão Wagner (União Brasil)

José Guimarães (PT)

 

DF

Michelle Bolsonaro (PL)

Ibaneis Rocha (MDB)

Fred Linhares (Republicanos)

DF

Leila Barros (PDT)

Erika Kokay (PT)

 

ES

Renato Casagrande (PSB)

Lorenzo Pazolini (Republicanos)

Fabiano Contarato (PT)

ES

Paulo Hartung (sem partido)

Sérgio Meneguelli (Republicanos)

 

GO

Gracinha Caiado (União Brasil)

Gustavo Gayer (PL)

 

GO

Gustavo Mendanha (MDB)

Jorge Kajuru (PSB)

 

MA

Carlos Brandão (PSB)

Eliziane Gama (PSD)

Roseana Sarney (MDB)

MA

Weverton Rocha (PDT)

Aluisio Mendes (Republicanos)

 

MG

Romeu Zema (Novo)

Rodrigo Pacheco (PSD)

Marília Campos (PT)

MG

Carlos Viana (Pode)

Edésio de Oliveira (PL)

 

MS

Reinaldo Azambuja (PSDB)

Rose Modesto (União Brasil)

Soraya Thronicke (Podemos)

MS

Simone Tebet (MDB)

Nelsinho Trad (PSD)

 

MT

Mauro Mendes (União Brasil)

Janaína Riva (MDB)

 

MT

Pedro Taques (sem partido)

Jayme Campos (União)

 

PA

Helder Barbalho (MDB)

Joaquim Passarinho (PL)

 

PA

Zequinha Marinho (Podemos)

Éder Mauro (PL)

 

PB

João?Azevêdo (PSB)

Daniella Ribeiro (PP)

 

PB

Veneziano Vital do Rêgo (MDB)

   

PE

Humberto Costa (PT)

Miguel Coelho (União Brasil)

Eduardo da Fonte (PP)

PE

Gilson Machado (PL)

Silvio Costa Filho (Republicanos)

 

PI

Marcelo Castro (MDB)

Ciro Nogueira (PP)

 

PI

Júlio César (PSD)

   

PR

Álvaro Dias (Podemos)

Filipe Barros (PL)

Cristina Graeml (Podemos)

PR

Alexandre Curi (PSD)

Ratinho Júnior (PSD)

 

RJ

Flávio Bolsonaro (PL)

Benedita da Silva (PT)

 

RJ

Cláudio Castro (PL)

Carlos Portinho (PL)

 

RN

Styvenson Valentim (PSDB)

Fátima Bezerra (PT)

 

RN

Zenaide Maia (PSD)

Álvaro Dias (Republicanos)

 

RO

Marcos Rogério (PL)

Marcos Rocha (União Brasil)

Mariana Carvalho (União Brasil)

RO

Confúcio Moura (MDB)

Silvia Cristina (PP)

 

RR

Romero Jucá (MDB)

Hiran Gonçalves (PP)

Mecias de Jesus (Republicanos)

RR

Telmário Mota (PROS)

Chico Rodrigues (PSB)

 

RS

Eduardo Leite (PSD)

Onyx Lorenzoni (PL)

Luciano Zucco (PL)

RS

Marcel van Hattem (Novo)

Manuela d’Ávila (sem partido)

Paulo Pimenta (PT)

SC

Caroline de Toni (PL?SC)

Esperidião Amin (PP?SC)

 

SC

Décio Lima (PT)

Carlos Bolsonaro (PL)

 

SE

Alessandro Vieira (MDB)

Rogério Carvalho (PT)

André Moura (União Brasil)

SE

Rodrigo Valadares (União Brasil)

Edvaldo Nogueira (PDT)

Eduardo Amorim (PSDB)

SP

Eduardo Bolsonaro (PL)

Fernando Haddad (PT)

Guilherme Boulos (PSOL)

SP

Capitão Derrite (PP)

Ricardo Salles (Novo)

Geraldo Alckmin (PSB)

TO

Wanderlei Barbosa (Republicanos)

Eduardo Gomes (PL)

 

TO

Irajá Abreu (PSD)

Vicentinho Jr (PP)

 

Fonte: Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP)

 

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