O movimento sindical persiste na reivindicação de Auxílio digno, para mais brasileiros necessitados, e também na agilidade da vacinação, que está muito lenta, retardando o combate à pandemia da Covid-19.

centrais auxilio
Ato das centrais sindicais por auxílio emergencial de R$ 600 no gramado do Congresso Nacional

As entidades denunciam o arrocho no benefício e criticam a manobra do governo, que, ao estender o Auxílio por mais 3 meses, em valores muito baixos, tenta tapar o sol com a peneira e esconder as crescentes denúncias de escândalos e irregularidades.

Bolsonaro, está escrito na nota das centrais sindicais, sente também o impacto das mobilizações de massa e a perda de apoio na sociedade.

MP 1.039/21
A medida provisória foi editada em 18 de março, a medida provisória tem eficácia até 15 de julho, mas pode ser prorrogada por mais 60 dias.

O governo editou a MP para valer apenas pelo prazo de validade do benefício, que era de 4 meses. Todavia, decidiu estender o auxílio por mais 3 meses. Daí, vai prorrogar a eficácia da medida.

O auxílio emergencial foi prorrogado pelo governo federal para mais 3 meses. O texto foi publicado no DOU (Diário Oficial da União) desta terça-feira (6), por meio do Decreto 10.740 assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Cidadania, João Roma.

Leia a íntegra da nota das centrais sindicais:


Auxílio emergencial de 600 reais mensais até o fim da pandemia

As centrais sindicais exigem que o auxílio emergencial seja de 600 reais mensais até o fim da pandemia e para todos e todas que precisam. O governo Bolsonaro, ao anunciar a prorrogação por prazo e valor insuficientes, nesta segunda-feira (05/07), mostra ter sentido a forte pressão do movimento sindical, no Parlamento e nas ruas, pelos 600 reais.

Convenientemente, o presidente usa o anúncio da prorrogação do auxílio de apenas 250 reais por três meses para esconder denúncias de corrupção que atingem seu governo e trazem à tona seu próprio nome em casos de prevaricação em contratos para a compra de vacinas, em meio às revelações da CPI da Covid.

Assim, Bolsonaro usa a miséria, para a qual empurrou a população mais vulnerável, para encobrir a profunda crise que atinge seu mandato genocida.

Enquanto os países que têm superado a pandemia e a crise econômica fazem a opção pela expansão monetária, oferta de crédito aos negócios, garantia do auxílio, seguro desemprego, taxação dos ricos, no Brasil, o auxílio tem sido usado pelo governo como moeda política e eleitoral. O auxílio emergencial de 600 reais que vigorou entre abril e agosto de 2020 foi uma conquista do movimento sindical e dos partidos de oposição, que evitou a fome para quase 70 milhões de brasileiros.

Bolsonaro mostrou todo seu descompromisso com o bem-estar do povo e o desenvolvimento do país quando, em setembro de 2020, cortou pela metade o valor do auxílio e, em 2021, além de ter demorado a retomar (o auxílio ficou suspenso por quatro meses), quando o fez determinou o valor irrisório de R$ 250,00 e para menos pessoas.

Tais manobras não nos enganam e não vamos esmorecer! A pressão seguirá cada vez mais forte, alimentada pelas mobilizações nas ruas, nos locais de trabalho e no Parlamento pelos os 600 reais mensais até o fim da pandemia, para todos e todas que necessitam.

#ForaBolsonaro #600ContraFome

São Paulo, 6 de julho de 2021

Sérgio Nobre, presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores - CUT

Miguel Torres, presidente da Força Sindical - FS

Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores - UGT

Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB

Antônio Neto, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros - CSB

José Reginaldo Inácio, presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores - NCST

Ubiraci Dantas Oliveira, presidente da CGTB - Central Geral dos Trabalhadores do Brasil

Atnágoras Lopes, Secretaria Executiva Nacional da CSP - Conlutas

Edson Carneiro Índio, Intersindical - Central da Classe Trabalhadora

Emanuel Melato, Coordenação da Intersindical - Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora

José Gozze, presidente - Pública Central do Servidor

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