O movimento sindical tem pela frente ano estratégico para garantir melhor representação no Poder Legislativo e Executivo estadual e federal. 

Neuriberg Dias*

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E pelo menos 5 ações serão necessárias nesse sentido: 

1)
compreender as regras eleitorais; 

2)
identificar candidatos com potencial de êxito; 

3)
entender as aspirações dos eleitores; 

4)
mobilizar e engajar os trabalhadores no processo político-eleitoral; e

5)
usar as redes sociais para chamar a atenção para os programas dos candidatos.

As eleições deste ano possuem diferenças em relação às anteriores, fato que vai exigir dos dirigentes sindicais esforço de compreensão das novas regras eleitorais para facilitar a decisão sobre quem, como e onde lançar e apoiar candidaturas competitivas, especialmente àquelas identificadas com as pautas e demandas sociais do cidadão em 5 dimensões: 

1)
de trabalhador, 2) de eleitor, 3) de contribuinte, 4) de consumidor e 5) de usuário de serviço público.

Os postulantes a cargos eletivos, por sua vez, deverão assumir compromissos com a agenda em defesa da democracia, da vida, do bem-estar social, dos interesses público e coletivo, bem como dos direitos sociais dos menos favorecidos.

Na perspectiva do voto consciente, as lideranças dos movimentos sociais, populares e sindicais deverão se engajar no corpo-a-corpo com os eleitores da rua em que moram, bairro, clube, igreja, escola ou trabalho. 

De um lado para desinterditar o debate e buscar dialogar sobre a importância da escolha, e, de outro, proporcionar a esses eleitores informações sobre trajetória e propostas dos candidatos, recomendando aqueles cujo programa coincida com o interesse coletiva e rechaçando os que estão a serviço do poder econômico e de causas antipopulares.

No esforço de persuasão dos eleitores, os trabalhadores, na condição de cidadão consciente e militante político, devem ampliar o escopo de abordagem. 

Precisam incluir nessa lista pessoas a serem convencidas da importância da política e da escolha de representantes fieis aos seus interesses, não apenas os assalariados formais da categoria profissional, mas também desempregados, jovens estudantes, trabalhadores informais, inclusive os de aplicativos, assim como agricultores, pequenos e médios empresários.

O desafio não é pequeno e requer esforço que vai além do corpo-a-corpo, incorporando também a abordagem remota, por intermédio das redes sociais, para alcançar o maior número possível de eleitores. 

Para tanto, deve-se recomendar ao eleitor fontes confiáveis da sociedade civil, como os portais do DIAP, Inesc, Cfemea, dos sindicatos e centrais sindicais, das associações de imprensa e de trabalhadores, que disponibilizam cartilhas e outras publicações com informações sobre os candidatos que devem ser eleitos e sobre aqueles que devem ser evitados.

Esse esforço de persuasão, conforme explicita o texto, possui dupla dimensão. 

De um lado, apresentar candidatos que defendam ideias e programas que melhorem a vida das pessoas, em todos os níveis de representação, e, de outro, combater a desinformação, com notícias de fontes confiáveis e verificáveis sobre os candidatos: os que devem merecer apoio e os que precisam ser rechaçados. Mãos à obra.

(*) Analista político, consultor, com formação em administração. Diretor licenciado de documentação do Diap. Sócio-diretor da Contatos Assessoria Política.

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